domingo, 11 de março de 2012

Dos filósofos e outras pestes

Particularmente, acho que pensamos muito e que pensar não é o contrário de fazer. Prefiro que não se pense e nem que se faça: descansem! É disto que a humanidade precisa! Descansem de ser e de ter e de querer, descansem de imaginar tudo isto que cansa, a vida e o mundo, a realidade e toda a fantasia que dela deriva.
Descansem...

Da filosofia e dos filósofos:
A Filosofia é aquilo sem o qual o mundo é tal e qual”
O filósofo é um sujeito que procura um gato preto num quarto escuro que não está lá. E ele encontra...”

Tem umas horas que de verdade eu detesto o ser humano. A existência só se fundamenta se calcada na hipocrisia. Eu sempre pergunto a qualquer um: o que é que você quer de verdade? Diga logo!
Olho em volta e vejo todo mundo buscando tudo, simplesmente e absolutamente tudo: equuilíbrio, satisfação, realização, “energia”, todas as outras baboseiras que derivam da expressão “o Eu Interior” e por aí vai, todo mundo buscando essa coisa inexistente chamada Felicidade.
Será que dá para entender que a gente não pode ser feliz e nem pode ser infeliz? A felicidade é uma invenção socrático-platônica para nos ocupar a mente com a busca do maldito “logos”, quer dizer, de alguma coisa que não está assim tão à mão para que ficássemos pelejando a vida inteira para atingi-la.

Daí que a filosofia, mesmo assim, saiu por aí a parir todos estes filhos e filhas bastardos. A filosofia é a mãe de todas as ciências e de todos os conhecimentos. Uns filhos foram muito bem criados por ela. Outros saíram a errar por aí e se perderam completamente.
Então, depois de ter ralado a bunda na dita academia, não foi difícil perceber que ninguém manja nada de conhecimento, o que ele é, como se adquire, como se passa para frente e onde é que tem mais.
Você aí, que faz um curso universitário qualquer, ficou tentado a usar a figura daquele seu professor, uma sumidade no assunto tal e qual, desses que devia andar por aí com um pedestal sob os pés, desses que deviam ser adorados e aos quais deveríamos edificar um templo para essa adoração ficar mais apropriada.
Porra nenhuma! Esse merda também não sabe nada e acha que sabe e não sabe nem que não sabe porque continua pensando que sabe, cada vez que arrota essas migalhas de sabedoria.

E foi a coisa mais esquisita que eu vi num simpózio/colóquio sei lá o que... o cara lá em cima falando e falando e falando, como se soubesse o que está falando, e todo mundo cá embaixo ouvindo e ouvindo e ouvindo fazendo aquela cara de conteúdo forçada como quem estava entendendo tudo, mas na verdade não estava entendendo patavina.
Abrimos agora para as suas perguntas”, o orador socializou a discussão. Daí um cara, para fazer uma reles perguntinha, ficou rodando e rodando e rodando, despejando e vomitando um pretenso conheximento para não fazer pergunta nenhuma e o cara lá em cima fazendo de conta que entendeu e até respondeu... Aí é que eu levantei e fui para o bar.

Passei grande parte do meu curso no bar... mas isto já é assunto para um outro post.

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